22 de agosto de 2014

 
nada entre nós tem o nome da pressa.
conhecemo-nos assim, devagar,
o cuidado traçou os seus próprios labirintos.
sobre a pele, é sempre a primeira vez que os gestos acontecem.
porém, se se abrir uma porta para o verão, vemos as mesmas coisas – o que fica para além da planície e da falésia; a ilha, um rebanho, um barco à espera de partir, uma palavra que nunca escreveremos.
entre nós o tempo desenha-se assim, devagar.
daríamos sempre pelo mais pequeno engano.
 

Maria Do Rosário Pedreira

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