Manoel de Barros,escreve sobre seu pai É pura emoção e Poesia!
_Fecho os olhos de novo.
Descanso.
Logo sinto fluir de mim
Como um veio de água saindo dos flancos de uma pedra,
A imagem de meu pai.
Ouço bem seu chamado.
Sinto bem sua presença.
e reconheço o timbre de sua voz:
___Venha meu filho,
Vamos ver os bois no campo e as canas amadurecendo
ao sol,
Ver a força obscura da terra que os frutos alimenta,
Vamos ouví-la e vê-la:
A terra está úmida e os potros ariscos a riscam de seus
empinos e de suas soltas crinas,
Vamos,
Venha ver as cacimbas dormindo repletas!
Venha ver que beleza!
..........
Abro os olhos.
Não vejo mais meu pai.
estou só.
Estou simples.
Descanso.
Logo sinto fluir de mim
Como um veio de água saindo dos flancos de uma pedra,
A imagem de meu pai.
Ouço bem seu chamado.
Sinto bem sua presença.
e reconheço o timbre de sua voz:
___Venha meu filho,
Vamos ver os bois no campo e as canas amadurecendo
ao sol,
Ver a força obscura da terra que os frutos alimenta,
Vamos ouví-la e vê-la:
A terra está úmida e os potros ariscos a riscam de seus
empinos e de suas soltas crinas,
Vamos,
Venha ver as cacimbas dormindo repletas!
Venha ver que beleza!
..........
Abro os olhos.
Não vejo mais meu pai.
estou só.
Estou simples.
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