"…
Deus é como o vento. Sentimos na pele quando ele passa, ouvimos a sua
música nas folhas das árvores e o seu assobio nas gretas das portas. Mas
não sabemos de onde vem nem para onde vai. Na flauta, o vento se
transforma em melodia. Mas não é possível engarrafá-lo. No entanto, as
religiões tentam engarrafá-lo em lugares fechados a que elas dão o nome
de ‘Casa de Deus’. Mas, se Deus mora numa casa, estará ele ausente do
resto do mundo? Vento engarrafado não sopra…"
Rubem Alves