17 de setembro de 2013


VESTIDA-DE-CORVOS

"Vens pela sombra da negra silhueta do teu olhar
Vestes em ti a noite
encandeando de escuridão o caminho que se te atravessa
pelos folhos do teu longo vestido de aves
Ao fundo 
na tempestade criadora
depuras corvos que voam cabelos tão próximos da deusa-mãe
como o céu dos teus pés
E ergues-te em sonhos e nostalgia
caminhando tão próximo do solo a que rezas:
“terra ar fogo água
espírito investe o teu poder em mim”
E do húmus se fazem corpos
ardentes de vida e sol
E das mãos se fazem flores
esculpidas por dedos d’água
E da magia se faz amor
a conjunção dos elementos
A manhã reside latente no teu rosto
alva brancura que promete 
mil auroras de rubros lábios "


JOSÉ BERNARDES,
"Vens pela sombra da negra silhueta do teu olhar
Vestes em ti a noite
encandeando de escuridão o caminho que se te atravessa
pelos folhos do teu longo vestido de aves
Ao fundo
na tempestade criadora
depuras corvos que voam cabelos tão próximos da deusa-mãe
como o céu dos teus pés
E ergues-te em sonhos e nostalgia
caminhando tão próximo do solo a que rezas:
“terra ar fogo água
espírito investe o teu poder em mim”
E do húmus se fazem corpos
ardentes de vida e sol
E das mãos se fazem flores
esculpidas por dedos d’água
E da magia se faz amor
a conjunção dos elementos
A manhã reside latente no teu rosto
alva brancura que promete
mil auroras de rubros lábios "



VESTIDA-DE-CORVOS
JOSÉ BERNARDES