28 de setembro de 2013



Que eu faça um mendigo sentar-se à minha mesa,
Que eu perdoe aquele que me ofende e me esforce por amar,
Inclusive o meu inimigo, em nome de Cristo,
Tudo isto, naturalmente,
Não deixa de ser uma grande virtude.

O que faço ao menor dos meus irmãos é ao próprio Cristo que faço.
Mas o que acontecerá, se descubro, porventura,
Que o menor, o mais miserável de todos,
O mais pobre dos mendigos,
O mais insolente dos meus caluniadores,
O meu maior inimigo,
Reside dentro de mim, sou eu mesmo,
E precisa da esmola da minha bondade,
E que eu mesmo sou o inimigo que é necessário amar.
 
 
  Sombra - Carl Jung