"Todo
mundo tem pressa. A vida se tornou tão múltipla, tão estonteamente
tentacular, que o homem, no afan de tudo gozar, de tudo aprender, de
tudo penetrar - procura a síntese, sofre da mania do comprimido, vive
assombrado pelo relógio, a procurar o máximo de prazer e de experiência
no mínimo de tempo. No meio de toda essa balbúrdia a que já nos vamos
habituando, há um fenômeno muito curioso que desafia o nosso espírito de
análise. É o que o século da pressa, da síntese, da falta de repouso
para a leitura - o romance-rio, o romance caudaloso, o romance camalhaço
ressurge a melhor maneira."
- Erico Verissimo, em “Reflexões sobre o Romance-rio”
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