Eu
que te abraço pela forma fugitiva do tempo e danço-te a perenidade e
oiço-te as contrariedades, eu que sou tão pouco nesse tudo que
representas para mim e vigio os dedos e carrego as pálpebras pesadas
dessa vigília, eu que me cubro de Mundo e sinto-lhe o frio, a fome e o
descontentamento, eu não passo de um simples e amargo trago na doçura da
cidra que bebo em ti,
Ó Poesia.
Ó Poesia.
EDUARDO COSTLEY
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