"Bocó é sempre alguém
acrescentado de criança. Bocó é uma exceção de árvore. Bocó é um que
gosta de conversar bobagens profundas com águas. Bocó é aquele que fala
sempre com um sotaque de suas origens. É sempre alguém obscuro de mosca.
É alguém que constrói sua casa com pouco cisco. É um que descobriu que
as tardes fazem parte de haver belezas nos pássaros. Bocó é aquele que
olhando para o chão enxerga um verme sendo-o. Bocó é uma espécie de
sânie com alvoradas".
Manoel de Barros
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